sábado, 9 de outubro de 2010

Auto-controle

A primeira palavra é auto-controle. Se não dominarmos a nós mesmos, não dominamos nada. A partir do momento em que superamos essa primeira e mais difícil de todas as etapas - da qual muito morrem sem ao menos chegar perto de completar -, aí sim nos vem a consciência do que podemos ou não comandar.

Em segundo lugar, não é possível controlar variáveis externas a não ser que se esteja com as rédeas do seu ser interno nas mãos. O que isso quer dizer? Antes de tudo, outro vocábulo: IMPERTURBABILIDADE. Se o que está fora consegue desequilibrar o que está dentro, é porque não há auto-controle. Se sua mente fica inquieta com facilidade, é melhor pensar seriamente em domá-la ou ela irá fazer o que quiser com você... Isso é intrigante, né?

Mas no final das contas, é preciso simplicidade e silêncio para saber o que seu espírito está querendo comunicar a você. Apenas ouça sua voz interior, seu coração. Desligue a mente um e se permita transcender a realidade.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Numbers



Eu sou o número 29.

O amor da minha vida é 12.

As pessoas que eu mais amo no mundo são: 19, 29, 22 e 2 e 30.

O meus grandes amigos são: 2, 18, 4, 9, 30 e 5.

Meus números de sorte: 3, 5, 7, 9 e 11 e 13.

Fica o enigma para quem for capaz de resolver.

domingo, 25 de julho de 2010

O sentido

Às vezes não dá vontade de escrever, mas neste momento eu sinto que preciso me empenhar em retirar de dentro de mim algumas palavras sobre o que me motiva. Até comprei um caderno pequeno - e fino - para ir desenferrujando o meu ser. Emfim, eu já me importei demais se as pessoas iriam ou não gostar dos meus textos ou poesias, seja o que for. Não que eu esteja fazendo caso disso, mas é que hoje em dia eu sei que, em primeiro lugar, devo escrever como uma forma de destrinchar as minhas próprias questões internas. Assim, certamente irão sair muitas coisas somente inteligíveis somente a quem escreve, como muito já aconteceu,. Antigamente, minha escrita costumava ser completamente hermética, ao ponto de se tornar ininteligível. Mas final de contas, o que pode ser considerado normal neste mundo? Tem todo tipo de gente fazendo um sorte ilimitada de coisa,s, muitas delas fora do nosso entendimento. Tem escritores que gostam de desenvolver questões do cotidiano em seus textos, tudo aquilo que os rodeia. Eles observam tudo o que está do lado de fora e criar. Já outros preferem olhar para dentro e falam sobre como isso pode modificar o espaço circundante. Há quem goste de versar a respeito dos diferentes universos que comandam as nossas vida.

Independente disso, no fim do jogo todos acabam falando sobre aquilo que os toca de alguma maneira, ou melhor, é uma parte das suas almas. O sentido de escrever é viver isso, pois o que você é ou era, deixou de ser, está tudo naqueles registros. Quando morrer, excetuando-se aqueles que o conheceram intimamente, só vão saber quem você foi por aquilo que deixou, pela sua obra em vida. Ali estão presentes todas as suas inspirações, o seu ser permanece eternizado para quem continua. À medida que escrevo aqui, vou percebendo coisa que deixei passar anteriormente, aprendo mais. Esse é o sentido terapêutico da escrita. Quando eu era adolescente, fazia tanta poesia que era ser quase como se regurgitasse... E saía de tudo justamente porque eu ia colocando no papel o meu sentimento integral. Se hoje eu sou quem sou, foi pelo que costumava ser. A cada momento que me conscientizo do presente, sei que isso afeta meu eu futuro. Quando parei, parece que entupiu todo o encanamento. Como bem disse um filósofo, o qual não consigo me recordar no agora, "os deuses são vida, fluidez, movimento". A roda está sempre girando... Então preciso estudar, estudar, estudar. Preciso trabalhar, trabalhar, trabalhar. Preciso agradecer, agradecer, agradecer. Xô preguiça!

Agora eu vou pedindo licença que, apesar da hora estar bastante adiantada, ainda tenho certos atrasos para desatrasar. Eu prometo brincar mais com as palavras da próxima vez. Enquanto isso vou sentindo a vida naquilo que me alegra, mas também no que me entristece.



domingo, 18 de julho de 2010

Tudo é prática

Estudar é prática. Aprender é prática. Ensinar é prática. Rezar é prática. Ler é prática. Escrever é prática. Desenhar é prática. Criar é prática. Construir e desconstruir é prática. Plantar é prática. Fazer sexo é prática. Se relacionar é prática. Lavar, passar e cozinhar é práticar. Xadrez é prática. Tecnologia é prática. Organizar e arrumar é prática. Saber escolher é prática. Ser persuasivo e sedutor é prática. Beijar é prática. Respirar é prática. Yoga é prática. Tocar instrumentos musicais é prática. Ouvir é prática. Pintar é prática. Interpretar é prática. Calcular é prática. Solucionar problema é prática. Conquistar é prática. Vencer é prática. Dominar a mente é prática. Meditar é prática. Limpeza é prática. Trocadilho é prática. Agilidade é prática. Programar é prática. Fotografar é prática. Alimentação saudável é prática. Resistência é prática. Visão é prática. Cuidar é prática. Compreender o coração é prática. Seguir a intuição é prática. Desarmar os próprios medos é prática. Viver é prática. Tudo é prática.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Legião

Se fosse para fazer uma comparação, eu diria que esse filme parece uma mescla de resident evil com exterminador do futuro. Tinha tempo que eu não via tanta porcaria de uma só vez. Legião (Legion, 2010) é de apocalispe, anjos como seres demoníacos, possuindo corpos de umano, um anjo-rebelde-salvador-que-desobedece-um-deus-malvado com metralhadoras e uma mulher grávida de uma criança que pode salva o mundo. Tudo isso numa lanchonete de beira de estrada no deserto de Mojave em um só dia.

O filme começa com o Arcanjo Miguel caindo na cidade de Los Angeles e cortando as próprias asas. Ele invade um galpão de armas e leva um bocado de metralhadoras e sub-metralhadoras. Ele é abordado por dois policiais e faz um deles de refém. O outro fica possuido por alguma coisa estranha e mata o companheiro. Até aí nada de tão anormal. O problema é que daí em diante o filme começa a degringolar. Imagine uma lanchonete de beira de estrado do deserto de Mojave como o cenário principal e você vai compreender o que estou dizendo. Uma das cenas mais bizarras é quando uma velhinha chega de carro na tal lanchonete e pede um pedaço de carne mal-passada. Ela começa a ofender a garçonete - que está grávida -, dizendo que o bebê dela ia queimar no inferno e tal. Depois ofende uma outra mulher. Quando o marido dela vai tomar satisfações, ela assume uma face demoníaca, com uns dentes afiados, e arranca um pedaço do pescoço dele, depois anda pelo teto igual aquela mulher no exorcista.

A temática principal - Deus perdeu a fé na humanidade e mandou decidiu exterminá-la - é mais batida que carne de sol. Só que dessa vez ele resolve enviar anjos - que mais parecem demônios - para destruir a humanidade. Nesse ponto está a semelhança com resident evil, pois as pessoas ficam possuídas como zumbis, e os protagonistas enviam uma saraivada de balas, matando um após o outro. Eu também citei exterminador do futuro, pois há uma mulher grávida - Charlie -, cujo futuro da humanidade está nas mãos de seu filho. Quando o bebê nasce, o anjo gabriel vem para matá-lo... Enfim, é um filme medíocre e altamente não recomendável. Pior do que isso só Alien x Predador...

No final, como vocês podem imaginar, o bebê sobrevive e Deus recupera a fé na humanidade.

Experimentos de mim mesmo (II)

Analgésicos para a vida

O homem estava deitado no sofá de seu apartamento, falando sozinho.

- Olhei mil vezes para a aquela cartela de analgésicos que o médico me receitou. Tomo ou não tomo? Parece que tem uma voz ecoando na minha cabeça e dizendo para eu ingerir vários. Não, não! Devo estar ficando louco. Minha namorada está me ligando, mas eu não estou com vontade de atender... Ela acabou de terminar comigo e deve estar querendo me enrolar com aquela ladainha de preservar a amizade e tal... Ou será que está arrependida e quer voltar? Pra mim chega! Parece que a voz é a única que me entende. Tudo bem, tudo bem. Eu vou tomar os analgésicos. Talvez eles aliviem a dor que é viver. O quê? Miturar com bebida? Mas isso não é perigoso? Não? Se você diz então eu confio.

Ele então pega todos os comprimidos da cartela e abre uma garrafa de vodka, engolindo cada um deles em várias goladas.

- Agora seria bom um remédio pra dormir...

Depois de alguns minutos ele começa a ter alguma sensações estranhas, sente seu corpo esmorecer, um aperto no peito. Ele desmaia. Enquanto isso, seu celular tocava continuamente. mais de uma hora depois, alguém abre a porta do apartamento. Era uma mulher. Ela acende a luz e vê seu namorado jogado inerte no sofá junto à cartela de analgésicos e o álcool.

- O que você fez, meu amor? - Diz ela, enquanto sacode o corpo com esperaça de fazê-lo acordar.

Desespaerada, ela liga para a ambulância. Enquanto isso, ele estava fora de seu corpo, assistindo a tudo, pensando se deveria mesmo ter feito aquilo.

- Eu não atendi seus telefonemas e você veio até aqui... Que burrice eu fui fazer?

Ao olhar ao redor ele percebe que não estava sozinho. Havia uma figura medonha e toda descabelada ao seu lado, com dentes pontiagudos e olhos vermelhos.

- Olá! - Diz o ser, com uma voz arrastada.
- Quem é você?
- Sou aquela voz que estava na sua cabeça.
- Você me fez fazer aquilo... Eu... Eu... estou morto?
- Eu estava entediado e só queria me divertir um pouco, então me aproveitei que você é um fracote. Coitadinho...
- Cruz credo! Vade retro!
- Há, há, há! Você ainda não está morto, mas eu posso cuidar disso.
- Seu maldito! Não chegue perto de mim.

Ele sente uma dor muito forte e desmaia. Ao acordar, vê tudo branco ao seu redor e percebe que estava num hospital.

- Finalmente você acordou meu bem! Os médicos tiveram que desentoxicar seu organismo. O que você estava pensando, hein?
- Por favor me leve naquele centro espírita que você frequenta.
- O quê? Pensei que você detestasse essas coisas...
- É que eu vi um ser horrível enquanto estava desmaiado. Foi ele que me induziu a fazer aqui, se aproveitando da minha fraqueza. Ele queria que eu morresse...
- Deve ser algum obsessor... E ele quase conseguiu o que queria. Os médicos disseram que você não teve uma overdose por bem pouco. Espero que você me ouça mais de agora em diante.
- Melhor ouvir você do que aquela criatura monstruosa. Não vamos mais brigar, meu amor.
- Você sabe que eu quero o seu bem, mas não posso suportar mais esses seus vícios de álcool e cigarro. Como vai ser então? Eu ou as drogas?

terça-feira, 6 de julho de 2010

Experimentos de mim mesmo (I)

O escritor virtual

Lá estava aquele jovem sentado na escrivaninha, com um caderno à sua frente e uma caneta esferográfica entre os dedos da mão direita. Ele era do tipo que apreciava escrever uma boa história à moda antiga, mesmo se considerando um ser cibernético do século vinte e um, uma era completamente dominada por toda sorte de dispositivos eletrônicos, onde as pessoas podem se conectar umas às outras de infinitas formas. Fazia mais de uma hora que ele estava lá sem conseguir dar a luz a uma palavra sequer, pensando se não devia abrir seu notebook, logar no msn e conversar um pouco com sua amiga que morava a quilômetros de distância, só para saber o que ela andava produzindo por lá. Ou quem sabe entrar em seu blog; algumas vezes sentia mais facilidade em desenvolver sua escrita por lá. Se não fizesse nada disso, pelo menos iria abrir uma aba do firefox no youtube e entreter um poucos seus ouvidos. Isso frequentemente o inspirava a fazer novas composições, mesmo que uma parte delas só fosse inteligível a ele mesmo. Quem ligava... Decidiu fazer isso então. Digitou 'Yellow' na barra de pesquisas e deu play friamente no tocador. Essa música era de uma banda que lhe foi apresentada por sua amiga, a qual, alías, sempre lhe trazia muitas coisas boas. em função disso, volta e meia ele escrevia uns versos para ela, escondidos, é claro. Se ela soubesse, poderia confundir as coisas e quem sabe até se afastar. Não, definitivamente não. Ele a queria bem perto, muito mais do que ela poderia imaginar. Ah! Só de pensar seu coração se perdia em devaneios... Coisa de poeta. Ele então abriu o editor de texto e começou a digitar:

"Tenho andando ser vontade de escrever esses dias, ou melhor, estou parado na escrita. Às vezes sinto que deveria simplesmente deixar vir à tona o que quer que houvesse em minha mente, como costumava fazer na adolescência, mas o vazio que sinto é tão grande que absorve tudo à minha volta e me faz entrar em uma realidade paralela. Nesse caso, o melhor a fazer é ficar em silêncio, apenas ouvindo os invisível. Isso contudo, não é uma tarefa das mais fáceis para mim. Já me disseram que eu falo demais, e falo mesmo, atropelo verborragicamente e sempre acabo numa tragédia linguística. Acho que vou guardar todas as palavras numa caixa e enterrar no fundo do oceano. O que eu posso fazer se sou totalmente elétrico? Minha mãe me contou que quando eu era pequeno, enfiei uma agulha de tricô na tomada e fiz a luz inteira da casa acabar, mas fiquei lá, incólume. Agora eu estou vendo aonde foi parar toda essa energia... Alguem arrisca um palpite?"

Seu celular apitou de repente; era uma mensagem que tinha chegado daquela sua amiga. Dizia assim:

"Oi! Entra no msn para conversarmos um pouco. Estou morrendo de saudades!"

Ele ficou surpreso com a mensagem de texto, fez uma expressão que era uma mistura de um sorriso maroto com uma alegria incontida. Realmente, tinha tempo que eles não se falavam, pensou ele. Mesmo assim, nunca vira esse tipo de confissão saudosa por parte dela. Uns minutos depois e ele já estava logado.

- Ei! você recebeu minha mensagem então.
- Eu sempre recebo.
- Estava fazendo o quê?
- Tentando escreve algo que prestasse, mas só consegui uma catarse meio maluca mesmo.
- Ah! Também não ando muito inspirada. Há tempos que tento escrever meu livro de contos, mas a coisa não está fluindo.
- E eu o meu livro de poemas...
- Por falar em poemas, você me prometeu mostrar alguns dos seus e até agora nada, né? Seu enrolão!
- Calma, calma! Ainda posso me redimir?
- Claro, bobinho!
- Se a gente morasse mais perto um do outro a gente podia...
- O que?
- Esquece! Foi só um pensamento... Vou buscar aqui a poesia... Achei!
- Cadê?
- Aqui:

"Vou gritar até ficar rouco,
Vou gritar seu nome,
Vou gritar como um louco,
Vou gritar esse pronome
Pessoal, bem pessoal,

Que tem forma e cor,
Que exala um aroma de rosa,
Que pra mim traduz o amor,
Me inspira uma paixão calorosa,

Um sentimento que transpõe a distância
física, e mesmo tão distante
Está em completa ressonância
Como um coração pulsante"

- Que lindo! A mulher quer inspirou essa poesia tem muita sorte.
- E ela nem imagina... - pensa
- Espero que não seja aquela sua ex-namorada podreira.
- Não, não! Eu já me desprendi completamente daquela ferida cheia de pus e você me ajudou muito.
- Que nada! Você é forte, menino! Escreve um poema sobre a nossa amizade um dia?
- Você tem a minha palavra, menina. Apesar de estarmos assim tão longe, sua amizade é muito importante pra mim.
- E a sua também, mas eu sinto que um dia ainda iremos nos encontrar.
- Por que você acha isso?
- É apenas uma intuição.
- Sei... E aquela carta que você ficou de me escrever? Depois eu é que sou o enrolão.
- E é mesmo - dá uma leve risada -, mas não se preocupe que eu já postei o correio ontem.
- Preciso ir.
- Já? Nem deus pra matar as saudades, seu coiso.
- A gente se fala em breve. Um beijão na sua testa.
- Um maior ainda na ponta do seu nariz.

Ambos começam a rir. Ele desloga do msn e em seguida abre uma aba e digita o endereço do site de uma companhia aérea.

- É... Talvez você esteja mais certa do que pensa, pequenina.











terça-feira, 15 de junho de 2010

Unbelievable things

Agora eu tenho certeza que certas coisas são inacreditáveis por natureza. Elas são assim justamente para que passemos a acreditar mais no que parece estar no terreno além da razão; é uma espécie de desafio ao nosso sistema binário fé-lógica, um jogo do qual devemos participar para que possamos atingir esse equilíbrio tão delicado, cujo principal adversário somo nós mesmos, nosso reflexo no espelho. Mas acontece que somos continamente submetidos a um movimento pendular desigual, que nos faz dar um passo para frente e dois para trás, devido a dualidade que experimentamos e que nos ilude quanto às nossas verdadeiras potencialidades. Sentimos amor e ódio, medo e destemor, firmeza e insegurança, dor e prazer, fé e descrença, admiração e desprezo. Tudo isso só gera mais atraso para a nossa caminhada, constituem pesados fardos que se tornam cada vez mais difíceis de carregar, porque parece que o tempo nos cansa, mas isso não é verdade; nós é que fazemos do tempo um algoz por achar que isso ou aquilo é impossível. O que nós falamos e pensamos é o que iremos viver. Se dissermos que algo é inimagiável ou absurdo, então assim o será segundo a nossa percepção. É justamente isso que precisa ser alterado: A PERCEPÇÃO. Mudar a forma como enxergamos os mundos que nos tangem, interno e externo, da uma nova sustentação à realidade. A dificuldade é meramente ilusória; a única coisa questão relevante é: estamos preparados ou não para aceitar o desafio de viver? Eu digo viver e não sobreviver. Acredito que o caminho para a maturidade passe por essa encruzilhada, que é saber diferença entre a vida real de um ser consciente e a mera existência de um espectro, uma casca vazia, subjugada por seus desejos. É nesse estado que se encontra uma considerável parcela dessa humanidade, até porque eu sei que certamente já existiram e existem outras. Achar que somos únicos nesse universo ou uma inteligência é o que verdadeiramente merce ser taxado de irracional.

Há tempos que ando encasquetado com algumas idéias. Elas vêm e voltam. Eu fico sempre lembrando e esquecendo, como magnífico exemplar de pêndulo humano que sou. Mesmo que consiga oscilar menos hoje que antigamente, ainda não cheguei ao ponto búdico, ou seja, o caminho do meio. Os pensamentos sobre o qual estava falando no início deste parágrafo - quase os esqueço - se referem a uma palavra que para muito é intrigante, para outros sem sentido: DESTINO. Acredito que todos nós estamos destinados a realizar algo muito especial nesta vida, mas cujo resultado só nos será mostrado nas dimensões invisíveis, que estão muito à frente da nossa percepção humana. Nós vivenciamos um eterno aprendizado e, por maior que seja a nossa mestria, ela não significa nada perante a magnificência do universo, entretanto, isso não deve e nem pode ser um motivo para desmotivação, até por que cada pessoa é um universo, um cosmos em miniatura, com todas as capacidades realizadoras e cujas principais ferramentas são o coração e a mente, metaforicamente falando.

Estamos sob o jugo da roda da vida, que nos ensina o tempo todo, mas daí a aprendermos já é outra história. Ela tem nos mostrado através dos séculos que não existe nada impossível ou incrível demais que não posso ser feito. Tudo depende de tempo e perseverança. Essa última palavras, aliás, me foi dita hoje pela mulher a qual dedico este texto, que custou muito a sair, e tudo porque eu queria que elas saíssem. Agora eu estou aprendendo que não era somente uma questão de querer, era preciso deixar fluir, deixar a vida fluir através da escrita, como está ilustrado nos preceitos do Taoísmo.

Para sair dessa arapuca é preciso parar de olhar para todos os lados ao mesmo tempo e focar um só ponto, fechar olhar e sincronizar cada uma das frequências que existem em nós, em todos os corpos, deixar de lado as impossibilidades.

Isso é harmonia. Isso é unidade. Isso é libertação.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O nosso reacionamento



O nosso relacionamento é bem mais do que as coisas mundanas que existem por aí, é um recanto sagrado no monastério dos nossos corações, é uma chuva fina na madrugada silenciosa do último dia do planeta.

O nosso relacionamento é uma rocha que se firma numa profundidade infinita, é o a brisa suave que refresca e o vento veloz que excita os cabelos, a pele, os pelos.

Deixa eu mergulhar na sua alma, minha pequenina, vigoroso princípio vital. Eu desejo estudar a sua essência, a luminscência do seu amor, o sentimento avassalador. Que tal?

Você é pura nitroglicerina em corpo feminil, explode como uma estrela nos confins do universos e renasce como uma deusa em fogo e brasas.

Não posso esquecer do oceano é o seu espírito, cheio de seres mitológicos. Nós somos universos ímpares e o triunfo nos aguarda.

Não... Não quero mais mesmices nem repetições. Quero amar você sempre de uma forma inédita e visceral, até tornarmos um só...

domingo, 28 de março de 2010

5 importantes lições

Aprendi algumas lições interessantes desde que o ano de 2010 despontou. A primeira delas é sobre a necessidade de continuar tudo aquilo que se inicia, no sentido de não abandonar por longos períodos qualquer atividade que esteja sendo feita, por exemplo um determinado estudo. Quanto mais se estivermos em contato com o projeto que está sendo realizado, maior será a conexão e, por conseguinte, as chances de se obter resultado satisfatórios. Em segundo lugar, como consequência do que foi dito primeiramente, quando se faz um pouco a cada dia, no final de uma semana é possível perceber como o avanço é considerável. Percebi isso no simples ato de usar a ferramenta Delicious, que serve para se armazenas seus bookmarks favoritos. Todo dia eu colocava uns dez sites novos ou mais e, passados sete dias, já possúia mais de cem. A terceira lição é ter sempre um caderno - celulose mesmo - para anotas as suas idéias e desenvolvê-las. Há muita diferença entre escrever no computador e de forma manuscrita... É quase uma magia, um processo artístico, que ativa a sua criatividade. Pessoalmente, digo que os resultados são excelentes, mas não se prenda somente às idéias, escreva tudo o que quiser, desde poemas até contos, ou impressões do seu dia e tal, só não faça disso um diário. Em seguida procure sempre novas bandas, autores, notícias, cursos, pubicações, ou seja, coisas inéditas, para não cair no tédio da rotina, na mecanicidade do dia a dia - essa eu aprendi com uma Mulher Maravilhosa, que tem um fogo inextinguível e alimenta o amor no meu coração, me inspira perfeitamente. Por último e não menos relevante do que as lições anteriormente explicitadas, eu aponto a força de vontade , a garra, a tenacidade, a coragem e a impertubabilidade que devem ser cultivadas dentro de cada com o intuito de crescer e se aprimorar constantemente.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

About Day After Yesterday

Parafraseando alguém a quem amo demasiadamente, nada como um dia após o outro, mesmo que seja um dia após a perda de um amor. Eu não poderia começar falando sobre Day After Yesterday, de Anneke Van Giersberg (ex-vocalista do The Gathering) de outra forma, pois é isso que ela expressa, a lamentação pela perda.

Cada vez que o Sol nasce e morre, também acontece - ou deveria acontecer - o mesmo conosco. Muito embora a priori isso possa parecer uma obviedade, posso garantir que não o é. Tudo aquilo que não seja positivo ou essencial para o nosso crescimento interior - ainda que negativo - deve pereceber enquanto restauramos as nossas energias durante do sono, mas muitas vezes isso não ocorre, pelo contrário, subtrai a nossa tranquilidade, a capacidade de repouso. Assim, levamos conosco para o dia seguinte o que deveria ter fenecido, e nossa "xícara de chá" vai ficando cada vez mais cheia, até transbordar.

Toda vez que perdemos ou abandonamos - há uma sutil diferença - um amor, uma paixão ou um relacionamento, a primeira imagem que me vem à mente é a de uma porta, se fechando naquele sentindo, ao mesmo tempo se abrindo a miríades possibilidade novas. Mas às vezes a experiência vivida é tão intensa que ocorre justamente o contrário, como se uma parte sua - geralmente os sentimentos - houvesse ficado do outro lado da portal que se fechou e o resto permanece agonizando num mar de sofrimentos e pesadelos. É como está perfeitamente descrito na música: You see one door close another door open. But these doors lead me straight to hell.

Além das duas possibilidade citadas anteriormente, existe uma terceira, geralmente classificada como amor proibido, quando uma circunstância externa impede o amor de ser vivido e geralmente isso causa intensa dor e angústia. Esse é o caso de Romeu & Julieta, uma obra multissecular de Shakespeare. Seu amor era tão intenso que somente a morte pode uní-los verdadeiramente...

E não se esqueçam que todo nós vivemos um dia de cada vez, só começamos realmente uma coisa ao terminar outra.

Today is the day after yesterday
And yesterday didn't go so well
My love came down and assured me:
Sit down I have something to tell

When I met you my eyes hurt
That is how beautiful you are

I don't suposse I could feel this way
If I still have you by my side
By my side

I did not anticipate your candor
Even though I didn't know you too well

You see one door close another door open
But these doors lead me straight to hell

When I met you my eyes hurt
That is how beautiful you are

I don't suposse I could feel this way
If I still have you by my side
By my side

If I just broken all
I gave it all
That is how tired
I don't suppose I could feel all this way








segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Pensamentos profundos

"Então você encontrou uma garota que pensa pensamentos realmente profundos.

O que é tão sensacional assim sobre pensamentos realmente profundos?

Menino, é melhor você rezar para que eu sangre logo.

Como tal pensamento é para você?"

Não é que eu encontrei mesmo? E posso dizer com toda convicção, que é a mulher mais pensante, e de pensamentos mais profundos com quem eu travei - e continuo travando - uma relação das mais intensas e efusivas em toda a minha vida.

Ela sabe quem é e o seu significado para mim.


sábado, 9 de janeiro de 2010

Namorado: ter ou não, é uma questão

"Quem não tem namorado
é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo.
Namorado é a mais difícil das conquistas.
Difícil por que namorado de verdade é muito raro.
Necessita de adivinhação, de pele, de saliva,
lágrimas, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.
Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil .
Mas namorado é mesmo difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito,
mas ser aquele a quem quer se proteger
e quando se chega ao lado dele a gente treme,
sua frio e quase desmaia, pedindo proteção.
A proteção dele não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira,
basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem amor,
é quem não sabe o gosto de namorar.
Se você tem três pretendentes , dois paqueras,
um envolvimento e dois amantes,
mesmo assim pode não ter um namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva,
cinema sessão das duas, medo do pai,
sanduíche de padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho,
quem se acaricia sem vontade de virar sorvete
ou lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade.
Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida,
escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas,
do carinho escondido na hora em que passa o filme,
de flor catada no muro e entregue de repente,
de poesia de Fernando Pessoa,
Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar,
de gargalhadas quando fala junto ou descobre a meia rasgada,
de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia
ou mesmo metrô, nuvem, cavalo alado,
tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado,
fazer sesta abraçado, fazer compras junto.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor,
nem ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele,
abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e do amado e sai com ela para parques, fliperama,
beira d´agua, show de Milton Nascimento,
bosques enluarados, ruas de sonho ou musical do metrô.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele,
quem não dedica livros, quem não recorta artigos,
quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado.
Não tem namorado quem ama sem gostar,
quem gosta sem curtir, quem curte sem se aprofundar.
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto
de ser lembrado de repente no fim de semana,
de madrugada ou no meio dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar,
quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações,
quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado quem não fala sozinho,
não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre
e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos,
ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras
escove a alma com leves fricções de esperança.
De alma escovada e coração estouvado,
saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui
e sorria lírios para quem passar debaixo de sua janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos
e beba licor de conto de fadas.
Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta
e do céu descesse uma névoa de borboletas,
cada qual trazendo uma pérola falante
a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu
aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar
e de repente começar a fazer sentido."

Carlos Drummond de Andrade