sexta-feira, 4 de maio de 2012

Os Vingadores: O Homem de Ferro segura o tranco



Os Vingadores (The Avengers), o mais recente da nova safra de filmes de super-heróis da Marvel, estreou na última sexta-feira, dia 27 de Abril. A equipe overpower de super-heróis é composta por ninguém menos que o deus asgardiano Thor, o antiquado e caxias Capitão América, o tímido Dr. Bruce Banner ou o incrível Hulk, o fanfarrão e sarcástico Tony Stark ou o Homem de Ferro e os agentes da S.H.I.E.L.D Viúva Negra e Gavião Arqueiro. Todos os quatro heróis acima tiveram seus próprios filmes, parte integrante da estratégia da Marvel, e que culminaram na presente película. Verdade seja dita, e a própria Marvel com certeza sabe disso:  de todos os filmes citados, os do Homem de Ferro (1 e 2)  foram de longe os melhores, seja pela atuação brilhante de Robert Downey Jr, como ele encarnou magistralmente o personagem ou a própria adaptação dos quadrinhos para o cinema,  sem esquecer dos vilões, sobretudo do segundo filme. Na história do Thor, o que mais me fascinou foi a inteligente analogia que fizeram para explicar as viagens intergalácticas dos deuses asgardianos. Eles tinha uma espécie de máquina capaz de gerar buracos de minhoca (wormholes) e assim viajavam para outros planetas. Desse modo, foram caracterizados como extraterrestres. Isso foi extremamente sagaz. De resto, a jornada do herói de Thor foi muito fraca, sem um vilão à altura, mas eu admito que é difícil encontrar páreos para um Deus. Os dois filmes do Hulk eu prefiro nem comentar, porque foram estranhos demais, os vilões piores ainda. O que salvou foi a atuação de Edward Norton no segundo título. O filme do Capitão América, repleto de ação e ambientado na  segunda guerra mundial, sob a atmosfera nazista, tinha a trama perfeita, um vilão até interessante,  não fosse a fraca atuação de Chris Evans, o Tocha Humana d'O Quarteto Fantástico. Dito isso, que venha o prato principal!

As apresentações acima, evidentemente, não foram despropositadas. Cada um desses heróis tem sua importância no enredo, mas o Homem de Ferro é o fio condutor do enredo e isso sem dúvida se deve ao tremendo sucesso de seus dois filmes. Estou bastante ansioso para ver o terceiro filme, com estréia marcada para 3 de Maio de 2013, sobretudo depois de ler à respeito da história, que promete ser a melhor de todas. Enfim, o filme começa mostrado os experimentos da S.H.I.E.L.D com o Tesseract, uma espécie de artefato cósmico do universo Marvel que contém grande poder. Como sempre, há duas versões sobre esses experimentos:  a oficial e a real. A versão oficial é que eles fariam parte de uma pesquisa cujo intuito seria gerar uma fonte de energia ilimitada para os EUA. A versão real é que o governo teria planos de construir armas de destruição em massa, sob alegação de possível invasão de seres de outros planetas, com clara referência ao episódio que ocorreu no filme do Thor. Enfim, o tal cubo cósmico começa a se comportar de forma inusitada e abre um portal para outra dimensão, de onde sai ninguém menos que Loki, irmão de Thor, pronto para promover o caos total na Terra. Diante da impossibilidade de combater o vilão e recuperar o Tesseract, o comandante geral da S.H.I.E.L.D, Nick Fury, resolve reativar o antigo programa dos Vingadores à revelia dos membros da diretoria. De todos os filmes de super heróis da nova safra da Marvel esse foi o melhor, indubitavelmente, com uma ação quase ininterrupta repleto de super batalhas, inclusive entre os próprios protagonistas, que é um dos pontos fortes do filme. 


Aliás, verifiquem que ocorre uma espécie de Jornada do Herói entre o grupo, pois há um grande atrito entre os protagonistas, sem contar com a discórdia disseminada por Loki. No início, Thor chega com toda ousadia para levar Loki de volta a Asgard, como se tivesse a solução definitiva, uma chegada que, por sinal, ficou meio forçada. Assim, surge o primeiro conflito entre ele e o Homem de Ferro, numa batalha que só não termina em tragédia graças ao Capitão América e seu escudo de Vibranium. Esses dois últimos heróis, a propósito, que também têm suas diferenças, são opostos complementares. Enquanto o Capitão América representa o analógico, o antigo, a moral e os bons costumes, o Homem de Ferro é o tecnológico, o moderno, o sarcástico. Só para constar, uma das melhores cenas do filmes é quando o C.A. pergunta algo como "O que é esse homem sem a armadura", ao que ele responde sacanamente: "Gênio, bilionário, playboy, filantropo?" É imperdível! A sua ironia, bom humor e inteligência são, aliás, elementos que costuram toda a trama e ninguém escapa da sua língua ferina, nem mesmo Loki. Como já foi dito, ele é o fio condutor do enredo. É a ele que a S.H.I.E.L.D dados sigilosos para análise, é ele quem conserta a turbina e impede que o barco voador colapse e caia, é ele que, junto com o Dr. Bruce Banner, ajuda a encontrar o Tesseract. Ainda mais singular é o fato de Loki escolher justamente a Stark Tower para acionar o portal para invocar seu exército do mal. O final do filme só reforça isso ainda mais. Por falar no Hulk, ele é outro personagem se se destaca fantasticamente, ofuscando até mesmo o poderoso Thor. Apesar de inicialmente parecer que ele não tem controle algum sobre a fera, depois fica claro que são um só e ele se mostra um guerreiro valoroso. Destaco também a luta entre a luta entre Thor e Hulk, no hangar do barco voador da S.H.I.E.L.D. Até então ninguém era páreo para o Hulk, mas quando ele leva uma martelada no queixo bem dada por Thor, aí as coisas mudam. A prova de que ele não esqueceu essa martelada pode ser vista mais para frente. Um pouquinho de rancor não faz mal, né? Enfim, depois de tantos desentendimento e alguma mortes, o grupo finalmente consegue alcançar um estado de coesão. Aí a diversão começa! 

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